quarta-feira, maio 02, 2007

Gentio


A chance que me deste vale mais do que os sacrifícios que posso fazer
Porque eu não poderia pagar o Teu próprio sacrifício de amor
E pelos homens, e pela lei eu não estaria na lista
Mas em Teu rol meu nome já tinha sido escrito

Eu era um gentio. Na verdade, o sou.
E a lei não me contemplava...mas a justiça o fez
E pela fé, a Tua justiça me justificou,
Fazendo de mim filho
Um filho adotado, desejado, buscado
Nessa iniciativa divina, fui feito filho legítimo
Irmão do próprio Cristo -
- O primogênito, o Sumo Sacerdote

A oportunidade que eu precisava não veio do homem
Ela veio do Filho do Homem
Revogaste os pré-requisitos humanos
Rasgaste totalmente o véu
Com Tuas próprias mãos

Que não me garantam em Ti os atos sensatos aos meus olhos
E que em mim não se desvaneça a memória de servo
Porque furaste minha orelha,
Mas me puseste dentro da Casa
Ofereceste banquete a este faminto
Foste o próprio Pão

A vida que me deste
É a minha grande chance de ser Teu,
E ter acesso irrestrito pela fé
E um novo nome - o nome que escolheste para o filho
O filho gentio que adotou nova pátria

A chance que me deste
É ter a vida em Tuas mãos
Cuidada e preservada
Pelo Teu amor de Pai

Amor que descubro a cada dia
Amor que agradeço tentando ser
Um filho tão autêntico
Quanto o próprio Cristo

A chance que me deste
Valeu-me mais do que as chances dos homens pra mim
A chance de te entregar amor
A chance de aprender a amar...
...Com o meu Pai.



(Joseli Dias - 17/03/2006)

sexta-feira, abril 20, 2007

A r c o - í r i s


Como é fantástico abrir os olhos
E perceber que eles enxergam mais que ontem
Mas entender também que isso não aconteceu tão simplesmente
Como o passar de um dia para o outro...


Para ver coisas boas hoje,
Ontem enxerguei cada detalhe de muitas coisas ruins
Para enxergar e dar valor a tudo que alcanço,
Ontem estive cega.


E, quando levanto meus olhos,
Sinto minhas pupilas dilatarem
Ao verem as nuvens no céu
E realmente entender que, às vezes, as nuvens mudam de cor e densidade
Passam a ser cinzentas e carregadas
E se estouram em grandes tempestades

Mas, HOJE, o que me importa é ver o arco-íris
Ele é uma aliança,
Uma promessa de que as coisas não vão se acabar em águas
E minha vida não vai sair escorrendo pelos bueiros
A terra estará firme
E só terá chuvas
Com o propósito de se tornar fértil


...É assim que vejo hoje
O que ontem era só lama e negritude


O céu não deve ser visto como um quadro
Porque o céu se modifica conforme os nossos passos.

E estou amando sentir minha visão limpa,
Meus olhos secos de toda lágrima
E saber que foi Deus quem as enxugou.

**************
(Joseli Dias – 20/03/2003.)

terça-feira, abril 10, 2007

Muito bom...

Já faz uns três dias que notei uma mudança chocante em mim. E nem sei se já é tempo de se comentar a respeito, dada minha natureza paradoxal...enfim, não importa. Estava lutando pra dormir, brincando com meus planos futuros e meu cotidiano recente quando me dei conta de que fiz algo de que gosto, pelo qual tenho real interesse e paixão e não fui elogiada por isso...até aí, bobagem, porque não me considero e não sou de fato a pessoa mais vaidosa desse mundo e isso na concepção mais ampla do termo vaidade. Mas uma coisa é proferir essa bela sentença em duas realidades possíveis: a primeira quando realmente se é incapaz e/ou imerecedor do crédito ou do lisongeio; a segunda quando mesmo sendo capaz e consciente disso, ainda assim nos escondemos debaixo de uma falsa modéstia enquanto ainda somos bajulados...é o tal discurso fácil, onde eu disfarço minha gana pelo reconhecimento quando o tenho facilmente ou quando sei que ele não me é devido e nem o deveria ser... fica fácil ser modesto, ser humilde.
A questão não é essa. Fiz algo que amo, pelo qual sempre sou elogiada e motivada e no qual acredito ser capaz (embora tenha plena convicção de que essa capacidade está num grau baixo da escala...rs) e não recebi elogios. O impacto maravilhoso: não tive crise alguma com isso, não me aborreci, não me questionei, não tentei ver no que poderia ter feito melhor. Foi indiferente pra mim. A falta do elogio, "da louvação", dos comentários admirados. Não houve essa falta, não havia necessidade de nada disso pra mim...foi um dos silêncios mais libertadores...
Parece palhaçada dizer, registrar isso...mas que seja, tô cansada de impressionar...rsrsrs...talvez por aprender com a vida que nem toda impressão vale a pena. Nem tudo o que eu falo e faço precisa ser validado porque nem sempre é o certo ou o ideal. Assim tenho aprendido com os relacionamentos. Então, ser bajulada, ser criticada, ser olhada de lado não deveria importar muito pra nós, seres humanos. Mas importa à medida que minha paixão, minha motivação, meu interesse, meu bem-estar é pautado pela régua do outro, dos outros. Importa apenas e tão somente se eu preciso fazer ou ser algo para os outros e não pra mim, e não pra DEUS...importa quando o prazer só é prazer se vier embrulhado num vistoso pacote social. Quanta perda de tempo! Quanto gastura desnecessária, quanta doença! O fato é que, acreditem ou não ("tanto faz como tanto fez", diria minha mãe), silêncio bom foi aquele pra mim!!! Foi encantador me ver compactuando e em paz com ele.

Estou surpreendentemente prática ultimamente. Não negando minha essência introspectiva, emocional e detalhista. Não, não. Apenas crescendo...isso é bom (I Co 13.11). Espero não precisar de nada mais que isso.

sábado, abril 07, 2007

Uma doce palavra


Em meio a todo reboliço que há dentro de mim e toda confusão que se mistura à letargia do meu espírito, parei e me retirei para mais um momento de reflexão acerca dos últimos fatos. Fui para o meu lugar de costume, me sentei, olhei para o céu buscando a Deus; querendo Seu socorro. Foi quando me lembrei do apelo do Senhor a Abraão..."conta as estrelas do céu (...)". E indaguei com Ele: "Pai, não dá...até Abraão tinha estrelas pra contar, mas no céu que eu vejo na minha frente não há estrelas...só nuvens." Ao que pude sentir calmamente dentro do meu coração a doce palavra:

"...mas a grande estrela, o Sol da Justiça, continua brilhando."

Calei.
Que se apague todo o resto.

sexta-feira, março 16, 2007

Em tudo dai graças!

Sabe quando você tem um dia que quer esquecer? Que, se pudesse, apagaria da sua agenda...o famoso “dia de cão”? Pois foi assim o meu dia ontem. Do princípio ao fim, foi um dia difícil...me machuquei em casa, ao me arrumar pro trabalho, me machuquei no trabalho e até chorei de dor (amassei meu dedão do pé!), perdi dinheiro na hora de receber o troco do café e tive um dos dias de trabalho mais estressantes desde que assinei minha carteira: mil coisas pra fazer e uma lamentável discussão com uma colega na hora da reunião no setor. Logo ontem, que acordei tão feliz, bem-humorada e orei tanto por meus colegas e por meu testemunho...me senti injustiçada! Muitas calúnias e ofensas sem o mínimo respaldo e necessidade. Fiquei boquiaberta com tamanha palhaçada...Daí pra frente, mais uma experiência complicada: um tiroteio do meu lado, em plena Tijuca! O carro que trocava tiros com a polícia parou ao lado do ônibus onde eu estava indo pro seminário. Os tiros foram muito próximos! Tive que me jogar no chão do ônibus , colocar as mãos na cabeça e clamar o nome de JESUS. Eu simplesmente não acreditava que estava passando por aquilo! Aleluia! Estou viva.

Em dias como esse não há muito o que se dizer porque a sensação que se tem é a de sobrevivência. Você mal consegue respirar e responder aos acontecimentos. É um sufoco só. Mas percebi coisas grandiosas. Uma delas é, prioritariamente, o dom da vida. Essa coisa linda de poder me levantar, saltar do ônibus e caminhar pela rua sem nenhum arranhão. Poder encontrar meus amigos no seminário, vê-los mais uma vez na capela cantando, conversar com eles, rir...poder voltar pra casa e ver minha família e saber que tudo está em seu lugar.

Outra coisa que me fez descansar foi a incrível sensação de confiança em Deus, mesmo estando, irada, aborrecida, triste. Comecei a entender que o meu dia foi entregue ao Senhor e Ele mesmo cuidou dele da Sua maneira. A Sua palavra diz que há tempo para todas as coisas, tempo de guerra e tempo de paz. Diz também que somos entregues à morte durante todo o dia mas, em contrapartida, afirma que os anjos do Senhor acampam-se ao redor dos que o temem e os livra...na verdade, me lembrei de dezenas de passagens durante o dia. Fui realmente alimentada. Comecei a refletir acerca de mim mesma, da minha condição humana, que me deixa vulnerável à injustiça, ira, dor, prejuízo, perigo, pecado (como meu coração ficou sujo ontem!), mas também totalmente dependente do Pai...em tudo, em cada detalhe.

Tenho uma louca esperança que teima em continuar crer que minha defesa vem dEle e não de mim mesma, que Ele me trata com justiça e que nem sempre a justa sou eu. Em Números 12 existe o relato da infâmia de Miriã e Arão contra Moisés: “Ora, falaram Miriã e Arão contra Moisés (...)”, e a realidade imutável de um Deus conhecedor de tudo: “E o Senhor ouviu isso” e diz que Deus os chamou e defendeu seu filho Moisés, dizendo que “falava com ele face a face”...Interessante como Moisés não precisou se defender, se justificar - “Assim se acendeu a ira do Senhor contra eles” - Deus o fez. Deus ouviu, viu o mal, da mesma forma que percebeu que a carga estava pesada demais pra ele, Moisés, carregar sozinho. Ele precisava de ajuda.

Quando olho pra essa narrativa, me percebo muito, muito distante desse Moisés paciente, conforme o vers. 3 : “Ora, MOISÉS era homem mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.”. Não sou assim, essa paciência ainda não me dominou. Mas vejo coisas importantes nessa história. Esse mesmo Moisés fora capaz de matar um egípcio em um ato de ira. Javé o estava transformando nesse processo de liderança. Aquela carga toda o estava transformando...aos poucos. Nisso espero ver a mudança na minha vida; mesmo que as circunstâncias sejam injustas, que meu coração aprenda. Que a minha esperança, assim como a de Moisés, se transforme também. Em Hebreus 11 fica claro que o Senhor vai transformando não só o nosso caráter, mas a nossa esperança pelo caminho: “Todos estes morreram na fé, sem terem alcançado as promessas; mas tendo-as visto e saudado, de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Ora, os que tais coisas dizem, mostram que estão buscando uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela donde haviam saído, teriam oportunidade de voltar. Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.” (vers 13-16).

Essas coisas me fazem refletir a respeito dos meus dias bons e ruins; me fazem entender que não preciso entender as coisas que me acontecem, mas sim discerni-las espiritualmente e reconhecer o zelo do meu Deus em cada uma delas.

Em tudo dai graças. Louvado seja o Senhor.

quinta-feira, março 01, 2007

Descanso Absoluto




Mais um texto antigo e totalmente pertinente...

Não é uma sensação nova,
Mas sinto como se fosse inédita
A paz que não se compra, nem se vende
Nem se usurpa, nem se entende...

Um descanso absoluto
Férias das preocupações
Quando todo o tumulto
Desfaz-se em orações

Então eu vivo, finalmente,
Tudo aquilo que já entendo há tempo
Somente o que me é permitido
Dando graças
Por poder me sentir viva e participante
Do momento que pra agora foi planejado

Eu procurei
Eu encontrei
Eu conferi
O que, afinal de contas, é viver a confiança em Deus
E eu não me arrependo
Da escolha que fiz
De fazer de todos os meus dias Seus

Sobretudo, o que quero
É a liberdade da qual me privei
Por não conseguir desfazer
De coisas que eu mesma criei
Que só me faziam mal,
Que me subjugavam,
Que determinavam as minhas fases
Que me perturbavam

Aprendi, pra glória do meu Deus,
Que tudo é profundo mesmo...
...Mas também, tudo o que é profundo,
É simples
E é calmo

Apesar de toda intimidade conquistada,
Esqueci da idéia de que Deus fosse um parceiro
Um companheiro para o dia-a-dia
Alguém que se habilitasse a vir comigo
Para cada aventura
(E...que interessante:)
Cada aventura foi criada por Ele mesmo...
E eu confio nEle
De verdade
Não tenho medo do que Ele pode fazer a mim
Porque Ele só tem pensamentos de paz e não de mal
Paz essa que eu resolvi vestir
Como se fosse uma roupa limpa e perfumada...

Descansei, me joguei
No fofo do céu
E tudo está tão confortável por aqui...


(Joseli Dias – 21/01/2004 – 16:44)

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

O valor das pessoas II

Inevitavelmente, ontem me entristeci.
Ontem, meu coração chorou mais uma vez diante da dor.

O que foi aquilo? Eu entendi direito? É verdade mesmo???
Fiquei perplexa com o que li, com o que vi ontem.

Chorei por minha cidade.

Mataram um menino ontem. Mataram da forma mais covarde que eu já tive notícia. Arrastaram aquela criança pelas ruas da minha cidade, acabaram com o coração daquela família, destruíram uma pobre criança, um menino! Meu Deus, eu não posso fugir da perplexidade. Nem da revolta!!! Eu tô revoltada também!!!!

Não dá pra entender, pra buscar porquês. Caramba, não agüento certas notícias...queria ser indiferente, mas não consigo. Não tem como; um ser humano tratado dessa forma, uma família tendo sua rotina interrompida dessa maneira trágica, uma mãe sendo obrigada a assistir o martírio do seu próprio filho...qta impotência...

Como me deixa arrasada esse tipo de coisa, ver claramente as pessoas esquecerem que são da mesma matéria, o mesmo pó. Não existe "próximo", todos são distantes, uma total ausência de empatia, de amor, de compaixão...

Triste, hoje o meu coração apenas é um desabafo diante de DEUS. De um Deus que, embora pareça distante nesses momentos de dor, permanece justo, eu sei.

Misericórida...só Ele para limpar nossos corações de tanta dor, ira, revolta...só Ele pra nos proporcionar perdão, compaixão...só Ele pra se compadecer de nós nessas horas em que não somos capazes de nem mesmo remover a pedra.

Rogo ao Senhor que liberte aquela família, que traga o remédio com pressa!
Peço ao Pai total consolação!



Amém.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Quem poderia ser?

Quem poderia estar me ligando àquela hora?
Eram 05:15 da manhã de ontem quando meu celular tocou. Eu já estava acordada, enrolando pra me arrumar pra ir pro trabalho, quando fui atender – era meu pai. Pra variar, era ele me acordando. Claro, ele sempre faz isso...a diferença é que dessa vez ele me ligou lá de Ponta Negra, queria saber se eu já tinha acordado “pro serviço”. Disse que tava esperando meu irmão se arrumar p/ irem pra praia...todo, todo animadinho...
Fiquei surpresa com aquele gesto do meu pai. Não pelo zelo, pois faz jus ao caráter dele – sempre cuidadoso e preocupado (às vezes até chato no exagero...rsrs), mas fiquei surpresa com o seu comprometimento em me acordar. Caramba, ele tá longe de casa, curtindo suas férias (ele é aposentado, mas merece passear, né...vá lá!rsrss) , sem compromissos com relógios, contas, mercados, trabalhos domésticos, cachorros, casa...mas se lembrou de me acordar pra eu não perder a hora.
Fiquei constrangida porque uma das coisas que eu mais detesto é ser acordada e sempre resmungo quando ele vai me acordar pessoalmente todas as manhãs...e ele sempre faz com muito carinho. Quando cheguei no trabalho, alguns minutos depois, outra ligação no 0800. Quem poderia ser? Ele de novo...rsrs...dessa vez, só pra me dizer que estava com meu irmão na praia, assistindo o sol nascer! Disse que lá é muito bom, que eu deveria ter ido, que iria gostar...não entendi nada!!! Fiquei com cara de paspalha, querendo entender tudo aquilo. Aí é inevitável lembrar das muitas, muitas e muitas discussões, brigas e momentos ruins que tivemos em minha adolescência. Quantas vezes fui dormir chorando, quantas vezes chorei acordada por estar brigada com ele. Quantas vezes me senti envergonhada por não conseguir dar um bom testemunho para uma pessoa a quem tanto amo e por quem sempre orei, clamei, chorei em Deus. Em todas as vezes Deus estava ali, olhando minha dor, minha revolta, minha ira, mágoa...todas as vezes Ele foi a única testemunha do meu ajoelhar, do meu clamor aos soluços. Eu creio que meu pai está sendo mudado por Deus. Eu creio que ainda há mais pra eu ver.

“Os que semeiam em lágrimas, com cânticos de júbilo segarão.Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos.” Sl 126. 25, 26

Na hora, me lembrei também da minha mãe, que estava dormindo comigo e que passou o dia anterior todo me tratando “a pão-de-ló” só porque eu fui acometida de uma insuportável dor de cabeça (o bendito “dente do juízo” de novo), que me fez ficar de molho. Até me senti incomodada com tanto “mimo”, mas nem fui boba de reclamar, né? Rsrsrs . Depois gastamos horas conversando, ouvindo música e falando das coisas de Deus...o legal é ver a palavra dEle se cumprindo nos detalhes. Eu sei de uma coisa: se eu sou detalhista, o meu Pai dos céus é mais ainda. Porque eu posso desperceber muitas “coisinhas”, mas Ele não...nunca, nunca mesmo. E Ele se comprometeu comigo quando eu lhe fiz o pedido. Quando eu lhe pedi pra ser Senhor “dos meus detalhes”. Vejo bem que Ele me liga de vez em quando, Ele me acorda todas as manhãs e me mostra a beleza que é estar perto dEle – “Você devia estar aqui, fofinha!”, Ele cuida de mim, proporciona o meu conforto, me alimenta e conversa comigo. Ele é um Deus comprometido. Como disse meu amigo outro dia: Ele está comigo porque eu sou dEle. E isso, até nos lugares mais improváveis...mas esse é um outro assunto...

"Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim."
Is 49.15, 16

...estava aqui digitando esse texto, alguém me liga...quem poderia ser?
Claro... meu pai!

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Sonhos bons e ruins.

Ontem tive um pesadelo, coisa que não tinha havia algum tempo. Um pouco antes de dormir, estava em meu costumeiro “desfalecimento no sofá” quando comecei a me retorcer e balbuciar meu sofrimento naquele momento. Acordei sendo questionada pelo meu irmão, que estava me observando, a respeito do que estava acontecendo na minha cabeça pra eu estar me rebatendo no sofá. Narrei o pesadelo pra ele, ainda cheia de pavor, um “nervoso”, passando a mão pela cabeça. Ele ouviu, achou estranho (sem pé nem cabeça como todo pesadelo) e me disse: “daqui a alguns minutos você vai achar ridículo esse pesadelo”. Pura verdade.

Meu irmão estava certo; um tempo depois já estava achando aquele pesadelo uma grande piada. “Sem pé nem cabeça” mesmo, algo que eu nem precisava entender. E mais: depois de um tempo, nem dava mais pra encarar aquilo como um pesadelo, mas apenas como um sonho ruim.

O que eu pude perceber nessa pequena experiência é que apenas sonhos significativos permanecem em nossa lembrança. Eu diria mesmo que até o presente momento apenas um sonho ficou arquivado comigo, e eu o carrego para todos os meus momentos e experiências. E não estou sendo poética, pois estou falando de sonho de sono mesmo, desses que a gente tem quando está dormindo. Não estou me referindo a um “sonho-desejo-projeto”, mas de um sonho que tive em meu quarto, dormindo de madrugada, como de costume. O que faz dele uma marcante bagagem pra minha vida é o fato de ele me ter sido dado por Deus. Eu não tenho dúvida de que foi um sonho espiritual, que na época me disse muitas coisas e o faz até hoje. Algumas perguntas e muitas respostas. Foi um sonho muito bom.

É aí que eu entendo que quando algo nos é dado por Deus, é impossível que não o carreguemos conosco em nossa vida. Entendo que nas mais diversas situações o sonho se mantém real, significativo e coerente. Já não é essa a realidade dos pesadelos sem nexo. Podemos até lembrar de alguns, mas se tornam afastados da nossa realidade e perdem o sentido, não nos dando mais medo algum. Estamos livres de entendê-los, discerni-los porque na verdade o “sentido” do pesadelo é geralmente dar um sinal de alerta. Não encontramos enredo e achamos graça um tempo depois de termos sido tão impressionados por algo tão volátil. Mas os sonhos que Deus nos dá são guardados em nossa memória durante toda a nossa vida. E os vivemos mesmo quando a nossa realidade é desconexa.

terça-feira, outubro 31, 2006

O valor das pessoas.

Ontem fui dormir me sentindo estranha. Foi uma noite aparentemente normal, mas a verdade é que teve algo que mexeu comigo. Como há muito tempo não acontecia. Tanto, que chorei enquanto orava em minha cama antes de dormir. Chorei como não fazia há certo tempo também.
Vi uma cena forte. Ainda agora quando me lembro dela, me emociono.
Ontem na primeira aula no seminário, o prof. passou um documentário sobre o evangelho de Judas. Até aí, nada de novo...estou ficando especialista nesse negócio porque suas aulas sempre redundam nesse tema...mas o que me emocionou foi uma cena meio que sem razão de ser inserida no tal documentário. A cena em que mostra uma suposta cristã sendo sacrificada na arena, para entretenimento dos romanos. Aquilo mexeu comigo por vários motivos. Mexeu profundamente.
Primeiramente, porque qualquer espécie de sofrimento, mesmo que fictício, me entristece. Acontece que ali eu pensava na realidade daquela cena, na verossimilhança externa que ela tem, mesmo que essa seja remetida a épocas remotas. Aquilo foi um fato, aconteceu mesmo! Se não daquela maneira, com certeza de forma parecida ou até pior! Várias pessoas sofreram terrivelmente por professarem Jesus. A cena daquela mulher cozinhando naquela cadeira de tortura enquanto seu filho era arrastado aos berros fez com que eu me sentisse extremamente pequena. Minha vontade dentro daquela sala escura era de me encolher em algum canto e chorar diante da dor. Dor que muitos sofreram de verdade por terem verdadeiro compromisso com Deus.
Fiquei ali me perguntando e ainda me pergunto: o que eu tenho entendido como compromisso com Deus? O que eu tenho encarado como viver o compromisso da fé em Jesus? Ainda tenho pensado sobre isso. Não que eu seja masoquista e ache que Deus prefira sacrifícios à obediência. Não que eu pense que todos foram chamados à mesma sorte. Não que eu acredite que hoje não soframos na alma, que não gemamos diante desse mundo horrendo os pavores de morte que já assombravam o salmista no salmo 39...eu mesma tenho vivido dias cercados de pavor. Sei que é necessário às vezes passar por vales profundos. Já passei por muitos e sei que são nesses vales que conhecemos a glória desse Deus dos nossos discursos. É exatamente nessas horas que vemos o valor que temos pra Ele e o valor de Sua vida em nós. Eu conheço a dor, eu já a experimentei por amar a Deus ou por decidir não deixar de amá-lo. Mas ainda ficou essa questão no meu coração: por que nos perdemos tanto diante da dor a ponto de esquecer o valor que Ele nos dá? Até o nosso sofrimento nos mostra o Seu amor por nós...mas como entender tamanha loucura?!
Naquela cena eu consegui ver algo além do sofrimento da mulher. Eu vi um enorme valor. Valor...palavra desgastada em nossa sociedade. As pessoas estão perdendo o valor. Estão as transformando em artigos...artigos de entretenimento, como aos romanos. E às vezes, constato pasma, nós mesmos servimos de platéia! Quantas vezes estamos rindo, nos divertindo com a desgraça dos outros...rimos dos infelizes que aparecem nos programas de TV sendo ridicularizados por suas deficiências físicas...viram artigos de entretenimento os feios, os obesos, os de rosto bizarro, os anões, os diferentes. A miséria do espírito humano se transforma em graça nos vídeos terríveis que circulam na internet. É o bêbado oprimido pelo vício, que vira tema de funk...é a doença que transforma uma pessoa numa aberração ambulante, que não consegue mais sensibilizar a ninguém, é a capacidade de as pessoas se martirizarem em busca de alguns trocados no show bussiness, que passa como boa ação diante dos nossos olhos...é a deturpação de princípios sendo encarada como “o que há” de mais autoafirmador para os jovens alienados aos valores de Deus.
Somos platéia da dor dos outros, do vazio, das carências...nos divertimos com o sofrimento das pessoas, quando não enxergamos o valor que Deus vê nelas. Mas eu acredito que, assim como aquela personagem sofredora, há hoje pessoas que sofram com a dor dos outros, que ainda se sensibilizem diante da vida, do valor que Deus dá a ela. Não...apesar de paradoxal, eu não acredito num Deus sádico, não acredito que Ele estava na platéia. Porque Ele me ensinou a não sentar na roda dos escarnecedores. De fato, mesmo sabendo que essa roda existe e muitas vezes nos seduz, Ele me ensinou a não entrar nela. A não brincar com a dor dos outros, a não rir do que lhe ofende, a não ser indiferente ao valor que seu próprio Filho Jesus pagou por cada uma delas. Custou caro. Custou a vergonha e a “espetacular” dor do Herdeiro de DEUS. O próprio Cristo teve consciência da dor, mesmo estando tão acima dela, como Deus. Ele se fez homem, Ele veio sorver todo o sofrimento e todo o valor dos filhos dos homens. Em Jesus está o maior valor da vida. Como podemos minimizar isso?!
Aquela mulher me mostra que o que “passa batido” pro mundo é, aos olhos de Deus, de extrema importância. Ela me traz descanso ao coração quando penso que nada se compara ao olhar de Deus. Atento e justo.
Eu quero ter esse olhar. Eu preciso enxergar valor nas pessoas, em suas dores, em suas carências, em suas qualidades. Ninguém é descartável, obsoleto, menor. Todos somos iguais...Suscetíveis a quedas e risos, a atitudes vergonhosas e à honradez. Todos temos valor aos olhos atentos e justos de Deus.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Boas trocas...



Hoje troco todos os meus cds pelas novas canções que me emocionam.
Hoje eu troco todas as minhas roupas por vestes que me envolvam melhor.
Hoje eu troco meus cachinhos por um novo penteado que me deixe mais bonita
Hoje troco minhas bijuterias por outras da moda
Ah!!! Hoje troco minha silhueta por uma mais esguia
E troco meus papéis guardados por outros dentro do prazo de validade
Hoje vejo que posso trocar tudo o que é passageiro
Hoje sei que o que é mutável é mutável!
Então, se pudesse e se fosse preciso, trocaria alguns itens da minha vida.

Mas, sabe, trocar o que é aparente é de uma pobreza...
Sendo assim, estou optando por outro tipo de troca
Prefiro trocar minha indiferença por quebrantamento
Prefiro trocar minha aridez por esperança
Prefiro trocar minhas queixas pela paz de Deus
Prefiro trocar meu egoísmo pelo olhar de Cristo
Hoje estou preferindo trocar meus sonhos pelos projetos desse Deus soberano
Trocar minhas emoções antigas por novas
Trocar minhas frustrações pela confiança
Quero fazer a importante troca do meu orgulho pela humildade do meu Mestre
Quero trocar meu marasmo pela vida no Reino
Quero trocar minha religiosidade por frutos para o Senhor
Quero trocar minhas realizações por almas redimidas pela graça do Cordeiro
Troco os juízos que fiz das pessoas pelo discernimento de suas atitudes
Preciso trocar o pecado pela proximidade com o Pai

Hoje quero trocar o meu coração pelo coração de Jesus Cristo
Trocar minha mente, meu amor, minha imagem pelos dele
Troco os louvores humanos pela aprovação dAquele que é realmente digno
Troco a rejeição dos homens pela amizade com Deus

Sei que ainda há muitas trocas pra fazer

Sei que não é fácil

Mas guardo comigo ainda o mais importante:
O desejo de trocar tudo por Jesus
Sei que um dia trocarei esse mundo por Ele
E na verdade já troquei!

Ah...que coisa boa...

E nesse câmbio se encontra a oração de quem busca esquecer as coisas que pra trás ficam e prosseguir para o alvo...adiante.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Eu só quero a verdade que há em Ti.

Gostaria de me encontrar contigo
Parar e ouvir o que tens a dizer
Saber daquilo que é importante de verdade
Entender o que sempre tentas me mostrar

Às vezes as palavras me fogem
E percebo que é porque não tenho mais nada a dizer
É quando Tua voz se faz mais que necessária
É justamente quando tudo se cala

Já que me deste um coração sedento da verdade
E a inteligência para buscá-la,
Dá-me também a sorte de encontrá-la,
Deslumbrá-la sem temor

Estou num eterno refazer, Senhor
A cada instante, olho para um lado da via
E nenhuma voz das muitas que ouço
Traz aconchego à minha mente

E nesse refazer, nessa reforma é que às vezes minha força se vai
Vem um esgotamento frio...
As fábulas vão perdendo a validade
As fábulas se tornam fábulas...

E o egoísmo me seca
O egoísmo só jorra o meu desprezo
A pobreza que vejo me dá ânsia
Por notar a verdade em faces mais nuas

Por essa razão é que preciso desse encontro contigo, DEUS
Pra encontrar verdades reais,
Pra não mais forjar respostas,
Pra ver os fatos como são,
A história real,
Os segredos do caos...

Quero te ver e dialogar com Tua palavra
Aquela que posso ouvir,
Em que posso crer
A indubitável voz capaz de me calar
Não só por eu não saber o que dizer,
Mas por querer te ouvir

Deste-me um coração sedento da verdade
E a inteligência para buscá-la
Dá-me também a sorte de encontrá-la
E VIVÊ-LA sem temor

quinta-feira, outubro 05, 2006

Um dia deixarei de Te louvar

Há um Deus sobre os céus
E que bom que esse Deus é o meu DEUS
O Deus que me escolheu, o Deus em quem eu creio.
A verdade poderia estar em qualquer deus
Mas o meu Deus simplesmente foi quem a criou
Ele idealizou a verdade...

Sabe, Senhor, haverá um dia em que deixarei de louvar o Teu nome
E esse dia já está certo pra mim
Vai ser o dia em que eu olhar pra cruz vazia
E não constranger meu coração,
Vai ser o mesmo dia
Que eu conseguir enxergar a natureza
Como uma grande engenharia do acaso,
Não te louvarei mais
Assim que me achar invencível e merecedora de salvação
E puder apagar da memória todos os Teus livramentos e bênçãos.
Assim que eu encontrar um outro deus que me ofereça propostas de um melhor caráter
E uma fidelidade mais infalível que a Tua.
Nesse dia, passarei a louvar qualquer deus que demonstre ser maior do que o Senhor
E tenha maior autoridade...sobre os homens, o mundo e até sobre a morte e o mal
Quando eu encontrar um amor mais absurdamente tranformador, altruísta e permanente que esse que Jesus me dá...
...ah, Senhor, pode ter certeza! Será esse o dia em deixarei de te louvar.

Mas enquanto eu gozar dessa paz que excede o meu entendimento
E puder ter a certeza do vazio que existia em mim antes de te encontrar...
Senhor...meu louvor continuará sendo Teu.
Enquanto meus joelhos só admitirem se dobrar diante de um Rei
Esse, Rei, meu DEUS, será o Senhor.
Enquanto os meus olhos não conseguirem se desgrudar da cruz e da tumba vazia,
Jesus, eu louvarei o Teu nome
Enquanto eu não encontrar Alguém capaz de me valorizar como Tu,
É no relacionamento contigo que eu vou investir minha vida
Jeová, até chegar o dia em que poderão te dar ordens, te delegar tarefas e mudar a Tua vontade,
Eu continuarei me encurvando só pra Ti!
Enquanto minha voz só puder cantar os tons da gratidão e da reverência,
Será só Tua a minha canção.

Será esse o dia em que eu deixarei de te louvar, meu DEUS.
Um dia que tomarem Teu lugar
E me oferecerem uma verdade maior do que és.

Eu não preciso ter várias vidas pra te adorar,
Porque a que o Senhor me deu é ETERNA.

E eternamente será Teu o meu louvor.

(Joseli Dias - 11/07/2005 - 13:14)

quarta-feira, outubro 04, 2006

Essa música, hoje, diz tudo.

ALIVE - P.O.D


Todo dia é um novo dia
Eu sou grato por toda vez que respiro
Eu não levarei isso como gratidão
Assim eu aprendo com meus erros

Está além de meu controle, às vezes é melhor deixar ir
Tudo que acontece nesta vida
Assim eu confio no amor
Você me deu paz de mente

Eu me sinto tão vivo pela primeira vez
Eu não posso negar a você (Eu me sinto tão vivo)
Eu me sinto tão vivo pela primeira vez
E eu acho que posso voar

Luz do sol na minha cara
Uma canção nova para eu cantar
Conte ao mundo como eu me sinto dentro
Embora isso possa me custar tudo
Agora que eu sei isto, tão além, eu não posso segurar
Eu nunca poderei me virar pra trás
Agora que eu Te vi
Eu não posso desviar o olhar
Agora que eu Te conheço (eu nunca poderia me virar pra trás)
Agora que eu Te vejo (eu nunca poderia desviar o olhar)
Agora que eu Te conheço (eu nunca poderia me virar pra trás)
Agora que eu Te vejo (eu acredito que não importa o que eles dizem)

segunda-feira, outubro 02, 2006

Satellite - P.O.D.


Eu tento imaginar quão claro que é a vista daí para cá
Sem obstruções, essa corrupção egoísta
Tudo isso nessa atmosfera
Sem medo, sem lágrimas, apenas tempo para tomar fôlego
Eu fracasso para inalar
Seu amor aperta o meu peito
Confusão me cega, mentalmente e fisicamente
E por sua causa que eu agora posso ver
Então dá para fugir?
Eu sigo o Filho e viajo para Sião
E danço essa última canção de liberdade
Mas apenas o tempo vai dizer se é tudo realmente verdade
Não posso mudar sua opinião, apenas sei que é isso que eu sinto
Estando certo ou errado, por favor mantenha minha vida em sua vista
E nunca tire seus olhos de mim
É realmente único,
como uma estrela brilhante, pela noite afora, você está ai?
Meus olhos procuram,
apenas o que está por traz dessa minha cega noção, ela é genuína?
Por que as vezes, ela engana minha mente,
alguns chamam de estupidez
Mas é como amor ou ódio, agora isso é real ou falso?
Por que é um assunto delicado, mas essa é sua escolha
A questão agora é, me ajude entender, esse é o seu plano?
Eu acho que posso, posso eu achar,
então eu acho que posso
Porque eu não vou ceder (não),
e eu não irei me abalar (não)
Com mãos erguidas para esse Homem (Jeová),
Eu permaneço na fé
Eu vencerei, minha crença em você
Fecho meu olhos, faço um desejo, beijo o céu E lá, eu te vejo...

Eu beijo o céu
E lá, eu te vejo!

segunda-feira, setembro 18, 2006

A importância do NÃO.

Outro dia estava conversando com uns amigos quando comecei a falar sobre o fato de hoje dizer mais NÃOs que ontem. De repente, aquela afirmação minha me fez saltar os olhos pra uma realidade tão necessária na minha vida: a importância do NÃO.
Acontece que estou entendendo aos poucos a importância e a necessidade de se dizer não, de negar pedidos às pessoas, de dizer não a atitudes erradas que eu vejo em minha frente. Eu estou aprendendo a não aceitar tudo o que me falam, a não querer tudo o que me oferecem, a não sorrir quando não quero e a não chorar o tempo todo. Também estou muito convicta de que não quero viver de acordo com o que enxergam pra mim, de que não devo ser somente aquilo que me deixam como opção. Estou preferindo dizer NÃO a muitas coisas.
E o fato disso estar acontecendo comigo é que tenho ouvido muitos nãos também. Tenho ouvido de mim mesma muitas negações. Já ouvi Deus dizer “não, filha” várias vezes, e percebo que cada NÃO teve uma importância, um significado tremendo. Deus não administra a minha vida pela conveniência. E cada investimento que Ele tem feito em mim implica em negar outras coisas que não me levarão a estar onde Ele quer. Isso sem contar que, por meio dessa didática, Ele tem me ensinado a negar posturas de quem está à minha volta e de mim mesma.
Um desses amigos me deu uma dose de realidade que tem me feito pensar: é uma decisão pessoal. Dizer NÃO nem sempre é fácil, confortável. Podemos ficar receosos com o que pensarão de nós; podem nos achar egoístas, covardes etc., mas aceitar tudo é a maior covardia que pode existir; é não se comprometer com a verdade dos fatos, é não se responsabilizar nos grandes dilemas e nas questõezinhas da vida.
Se posso dizer NÃO a mim mesma, posso faze-lo com tudo o mais. E isso não tem que soar mal. Isso pode trazer o BEM.
Se Jesus mesmo me disse pra não me conformar, para não me formatar, para não me encaixar nesse mundo, por que eu vou me obrigar a estar sempre de acordo com o que encontro por aqui?!
NÃO. Eu também posso decidir por ele quando precisar. Acho que hoje preciso...
...preciso entender e optar pelo NÃO, mesmo que seja o mais difícil.