sexta-feira, janeiro 26, 2007

Sonhos bons e ruins.

Ontem tive um pesadelo, coisa que não tinha havia algum tempo. Um pouco antes de dormir, estava em meu costumeiro “desfalecimento no sofá” quando comecei a me retorcer e balbuciar meu sofrimento naquele momento. Acordei sendo questionada pelo meu irmão, que estava me observando, a respeito do que estava acontecendo na minha cabeça pra eu estar me rebatendo no sofá. Narrei o pesadelo pra ele, ainda cheia de pavor, um “nervoso”, passando a mão pela cabeça. Ele ouviu, achou estranho (sem pé nem cabeça como todo pesadelo) e me disse: “daqui a alguns minutos você vai achar ridículo esse pesadelo”. Pura verdade.

Meu irmão estava certo; um tempo depois já estava achando aquele pesadelo uma grande piada. “Sem pé nem cabeça” mesmo, algo que eu nem precisava entender. E mais: depois de um tempo, nem dava mais pra encarar aquilo como um pesadelo, mas apenas como um sonho ruim.

O que eu pude perceber nessa pequena experiência é que apenas sonhos significativos permanecem em nossa lembrança. Eu diria mesmo que até o presente momento apenas um sonho ficou arquivado comigo, e eu o carrego para todos os meus momentos e experiências. E não estou sendo poética, pois estou falando de sonho de sono mesmo, desses que a gente tem quando está dormindo. Não estou me referindo a um “sonho-desejo-projeto”, mas de um sonho que tive em meu quarto, dormindo de madrugada, como de costume. O que faz dele uma marcante bagagem pra minha vida é o fato de ele me ter sido dado por Deus. Eu não tenho dúvida de que foi um sonho espiritual, que na época me disse muitas coisas e o faz até hoje. Algumas perguntas e muitas respostas. Foi um sonho muito bom.

É aí que eu entendo que quando algo nos é dado por Deus, é impossível que não o carreguemos conosco em nossa vida. Entendo que nas mais diversas situações o sonho se mantém real, significativo e coerente. Já não é essa a realidade dos pesadelos sem nexo. Podemos até lembrar de alguns, mas se tornam afastados da nossa realidade e perdem o sentido, não nos dando mais medo algum. Estamos livres de entendê-los, discerni-los porque na verdade o “sentido” do pesadelo é geralmente dar um sinal de alerta. Não encontramos enredo e achamos graça um tempo depois de termos sido tão impressionados por algo tão volátil. Mas os sonhos que Deus nos dá são guardados em nossa memória durante toda a nossa vida. E os vivemos mesmo quando a nossa realidade é desconexa.

Um comentário:

Unknown disse...

Cariocaaaa...lindo texto...concordo plenamente, os sonhos dados por Deus, ficam gravados em nossa vida, as vezes, um pouco esquecido, mas na hora exata, Deus o traz a lembrança..."Linda, continue sonhando os sonhos de Deus para vc"

Bjos da sua paulista preferida!!!