sábado, agosto 06, 2011

Pensando alto

A verdade é que nos enganamos demais.

Somos, volta e meia, levados a crer em coisas que não correspondem à realidade.

Por exemplo, as inverdades a respeito de nossos limites e possibilidades...acreditamos demais em ambas. Acreditamos que sabemos até onde dá, acreditamos que os outros sabem e até mesmo que não dá mais. De todo modo, a vida sempre nos leva à compreensão de que é Deus quem conhece esse assunto. Porque Ele criou e gerou...também porque é Ele quem sustenta a realidade nas mãos. É Ele quem sabe tudo.

Mas o problema maior nem é chegarmos a essa conclusão porque há mentes mais abertas pra isso, pra considerar uma realidade além das vistas e do imediato. O problema é que queremos nos despreocupar e confiar em alguém cujas intenções, de fato, desconhecemos. Mesmo o ser mais íntimo de Deus não conseguiu fazê-lo...a aflição sempre chega aos humanos. O medo de não conseguir, a vontade de desistir, o cansaço em pensar se vale à pena. A verdade mesmo é que dói conhecer nossos limites; dói ter de andar por caminhos extremamente desconfortáveis a fim de entendermos o que podemos e onde devemos parar e dar meia volta. Dói extrapolar as emoções, as falas e teorias pra ter de assumir a vida como ela é e ver que ela é difícil. Dói caminhar em esperança, sim. É tolice negar isso.

Enxergar a eternidade é uma capacidade anti-natural, nada carnal. É se deixar reconduzir pelo mistério, pela dúvida e pela mudança. É ser dominado finalmente, em definitivo, por aquilo que já deixou de ser urgente e passou a ser a única solução. Mas é também experimentar belíssimas surpresas, receber presentes jamais imaginados vida afora. Então, a felicidade deixa de ser alvo e passa a ser estado, certeza, fonte.

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