quarta-feira, abril 28, 2010

"O CAMINHO DE UM DISCÍPULO"

(- Reflexão por mim apresentada em 24/04/2010, na IB Lírio de Sião, por ocasião de seu primeiro culto jovem).

"O CAMINHO DE UM DISCÍPULO"
JOÃO 1.35-51


No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos; E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus. E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus. E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras? Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima. Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido. Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo). E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). No dia seguinte quis Jesus ir à Galiléia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me. E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro. Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê. Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo. Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira. Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel. Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás. E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.


 INTRODUÇÃO:

A partir do verso 1.19, João o Batista aponta para Jesus como Cordeiro de Deus, enviado ao mundo e, agora, revelado a Israel.

(Jesus volta ao mesmo lugar – Betânia >>> OPORTUNIDADE)

No dia seguinte, ao reafirmar que Jesus é o Cordeiro de Deus, dois de seus discípulos começam a seguir a Jesus.

 Jesus sabe de nossas dificuldades em aceitar o que é novo; em aceitá-lo, de fato. E é por isso que ele “passa” por nós...Ele nos dá diariamente a oportunidade de conhecê-lo mais de perto. Insiste. Mas para isso precisamos levar a sério as coisas de Deus e sermos sensíveis à pessoa de Jesus.

 Precisamos mais e mais de homens e mulheres como João Batista hoje em dia. Pessoas que ensinem sobre Jesus de forma honesta e empolgante!

 Em algum momento da nossa vida fará fundamental diferença a decisão de seguir a Cristo, além de “ouvir falar dele”. É necessário também que haja uma real decisão de estabelecer a proximidade com a pessoa de Jesus, como aqueles discípulos fizeram.

 Jesus perguntou aos discípulos: “O que vocês querem?” / “Que buscais?” / “Que procurais?”

 E esta é uma pergunta chave no ministério de Jesus. A todo momento ele pergunta àqueles que o seguem sobre os desejos e as motivações do seu coração. É uma pergunta inquietante, que busca resposta sincera e verdadeira. NÃO HÁ COMO CAMINHAR COM JESUS SEM ENTENDER A NECESSIDADE DE RESPONDER A ESSA PERGUNTA.

 O que queremos ao caminhar com Jesus? (isso tem a ver com nossa MOTIVAÇÃO e nosso OBJETIVO)

 Há pessoas que sequer conseguem responder a isso! Acreditam que circularem entre os que andam com Cristo é o suficiente. Vivemos atualmente um “evangelho” de multidões, de grupos de interesse, mas não são esses que Jesus tem chamado para serem seus discípulos. Esses servem para a multidão, mas não para conhecerem a sua casa!

 Os discípulos respondem prontamente: “Onde moras?” / “Onde estás hospedado?”

 Aqueles homens mais uma vez não se contentaram em ver o Jesus público; eles queriam entender quem era aquele homem, aparentemente tão comum, tão parecido com eles...o que fazia dele um profeta, o Messias? Com quem ele vivia, como era seu comportamento?
 Eles queriam verdadeiramente ver o que João via: a diferença, a razão de ele ser a salvação de Israel. Em nossa vida também somos diariamente desafiados a ver em Jesus algo mais profundo, mais íntimo e essa deve ser a maior busca da nossa caminhada.
 Aqueles eram de fato homens especiais! Não se contentavam com informações, impressões e atos mecânicos. Queriam conhecer o salvador.

 Jesus nos ensina a não resistirmos a isso: “Vinde e vede”.

 Nos nossos relacionamentos, precisamos expressar o evangelho como abertura, como acolhimento, como profundidade na vida das pessoas.
 Não podemos fugir, como a sociedade hoje nos encoraja: “eu moro ali, perto da pracinha...” Precisamos abrir nosso lar, compartilhar da nossa vida com as pessoas.
 Foi assim que Filipe agiu com Natanael. Ele reproduziu a postura de Jesus: “Vem e vê” (v.45). Ele o levou até Jesus.

ONDE ESTÁ JESUS HOJE?

Jesus vive sua vida em nós. Convidar alguém para o evangelho é se comprometer com esse alguém com a própria vida.


 Glorifico a Deus pela vida de pessoas que agiram como João o Batista para comigo, compartilhando de tudo o que receberam dele comigo.

 Glorifico ainda mais a Deus pela vida do próprio Jesus, que gastou toda a sua vida comigo. E me concedeu a sua vida.

 Mas eu entendo que o grande desejo de Deus é que eu e você sejamos capazes de mostrar o Jesus que habita em nós. De nos envolvermos em relacionamentos tão profundos que signifiquem não somente seguir o mesmo caminho, mas sobretudo caminharmos juntos.


(Exemplo: A diferença das pessoas andando pela mesma rua juntas e separadas – Imaginemos uma rua que represente o caminho de Jesus. Durante o dia, centenas de pessoas passam por essa rua, em horários variados. Para os que estão na periferia, observando, tal caminhar não causa nenhum tipo de impacto, uma vez que cada um caminha como quer, sozinho. Mas imagine o mesmo número de pessoas caminhando juntas, solidárias e no mesmo passo. A dinâmica é transformada. Ocorre impacto aos olhos de quem observa a rua; a caminhada se torna diferente, pois todos compartilham o caminho, o espaço, os tropeços e vestem a mesma camisa... ).


Que não nos contentamos a receber e dar informações sobre Deus. Mas que desenvolvamos relacionamentos profundos com o Senhor e com as pessoas.

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