segunda-feira, abril 25, 2011

É moda agora ser ateu?

Excelente texto do Carlos Sider. Compartilho...porque também tenho andado bem cansada de certos cinismos...

Quer seja crente ou ateu...seja apaixonada e confiadamente. Seja convicto e rendido...não seja um ateu nem um crente cínico. Essa é a pior das infelicidades! Seja capaz de fazer pulsar sua cosmovisão a respeito disso! Não discurse sobre DEUS nem o questione...o ateísmo ainda não provou a inexistência de DEUS e se demonstra tão sabichão...sim, é trocar a fé cristã por uma outra fé, sem dúvida. Não há indiferença no ateísmo; apenas confusão. Uma lástima é que há tantos ateus funcionais se disfarçando de crentes e até de cristãos! Aff...
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É moda agora ser ateu?

por Carlos Sider, domingo, 24 de abril de 2011 às 17:51

Não me lembro de assistir tanto marketing em torno do ateísmo como se vê agora. Blogs cristãos citam ou transcrevem autores ateus que parecem proliferar – tanto blogs como ateus. Muitos “saem do armário” e declaram-se ateístas. Algo um tanto pessoal para mim, uma vez que entre eles – há uns quatro meses - meu irmão, um pouco mais novo do que eu.

Como não dar atenção a algo assim? E como dizer que a gente não se entrega a – no mínimo – se perguntar o que está acontecendo? Qual seria a raiz – ou raízes – destes tantos e recentes movimentos?

Descobriram o ateísmo? Não! É coisa antiga... Nem tampouco apareceu algo novo na ciência que possa provocar abalos na fé cristã. Os argumentos antibíblicos, evolucionistas, sei lá mais o quê, são os mesmos de tempos atrás. Por mais se tente, a ciência não explica a Bíblia nem tampouco a evolução.

Cheguei a concluir algo? Francamente não. Pouco tempo depois da declaração de meu irmão, confesso que tive meus impulsos em convencê-lo apologeticamente que ser cristão é mais lógico. Mas felizmente desisti. Deus não se explica com lógica. Deus, aliás, não cabe em qualquer explicação.

Enfim, prefiro aqui dizer o por que não sou um ateu. O que creio e o que sei a respeito de Deus pode ser pouco, mas para mim é mais que suficiente.

O que eu posso conhecer de Deus não vem de meu esforço em buscá-lo ou estudá-lo. Eu conheço a Deus porque Ele se revelou a mim. E só conheço o tanto que Ele se revelou, nem mais nem menos. O tanto que Ele não se revelou (ainda) permanece como um bom e doce mistério que algum dia vou entender.

Comecei a conhecê-lo por meramente “olhar pela janela” e ver o mundo material. Constatar que havia alguém por trás de tudo foi um bom começo. Concordei com a idéia e concordo até hoje.

Também fui também ensinado a considerar a Bíblia, que me foi apresentada como a Palavra do Deus criador. Ela me ensinou a provar e ver que este Criador era bom, e foi o que fiz. E nesta Palavra Ele não se mostrou apenas Criador, mas também Salvador. Chegou o dia em que decidi abraçar o seu projeto para mim, e assim tem sido. Tenho hoje na Bíblia um guia de consulta. Não apenas porque me ensinaram assim, mas porque ela sempre funcionou para mim. A Bíblia só não funciona quando é distorcida e pega emprestada para justificar alguma asneira humana.

Tive meus tempos de revolta com a religiosidade instituída? Sim, tive e ainda tenho. Chego a dizer que ela mais atrapalha do que ajuda na hora de alguém se encontrar com Deus. A religiosidade e a instituição ficam na frente, fazendo com que muitos pensem que Deus só pode ser encontrado através delas. E nada mais antibíblico do que isso.

Mas, voltando a Jesus, Suas próprias palavras me apresentaram o Espírito do Deus consolador. E a convivência com este Espírito me faz saber que sou Dele. A Bíblia diz e eu sei que Ele me consola, me convence, e que trabalha em mim estabelecendo contato, frutificando em mim no que preciso, e me fazendo produzir algo útil também para outros.

É possível explicar tudo isso com lógica? Não, não dá. Como já dizia Paulo, o apóstolo, essa história é loucura para uns, escândalo para outros. Mas estou entre os que dizem que esta história é vida, e vida das boas, vida eterna – cuja perfeita definição é a de Jesus: é conhecer ao Deus Pai e a Jesus, enviado por Ele.

Seguir a Deus (ou não segui-lo) não é uma decisão lógica que se faz pesando prós e contras. É dizer sim (ou não) a um convite feito pelo próprio Deus. E caminhar com Ele é um misto de experiências, que envolvem conhecer a um Deus que está acima deste mundo, cujas idéias e princípios são muito mais altos e complexos do que os nossos. É conviver com o divino, o sobrenatural, com o inexplicável.

O que posso dizer aos ateus (caso algum esteja interessado em me ouvir)?

Deus a gente não explica. A gente conhece.

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