quarta-feira, julho 01, 2009

Pretérito. Perfeito...

Todo mundo diz que o nosso passado nos deixa marcas. Todos, de certa forma, já se viram vítimas dele. Outros sentem saudade enquanto outros o reprimem.

Sabe, eu tenho achado ultimamente que o passado não está com essa bola toda não. Sem me alongar, acho que o passado é aquele “primo distante” de quem menos lembramos na vida do que do próprio inimigo ao lado. O que eu quero dizer é que é mais divertido gastar tempo com coisas que são desafiadoras no presente do que imaginando os “futuros do pretérito” que nem existiram. Essas suposições sobre aquilo que poderia acontecer ou aquilo que poderíamos ter deixado de fazer são construções que erguemos quando, agora, não nos resta nada com que nos importar.

Pois bem, o presente é meu desafio de hoje. Ele sim me mostra coisas novas, diferentes. O passado não muda e tampouco pode mudar alguém. O passado só me mostra os fracassos daquilo que hoje não existe e as esperanças daquilo que, se hoje posso viver, devem me impulsionar a querer coisas novas.

Se o passado nos deixa marcas, nem todas as marcas nos trazem saudade.
A nostalgia que vale a pena é aquela que não nos deixa confusos quanto à dimensão de nossa mudança.

E mudamos.

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