quarta-feira, maio 22, 2013

E agora, Jonas?



E agora, Jonas?
Por quantas aboboreiras irá se queixar?
Por quantas bobeiras se revoltar?
E por quantas razões se explicar?

E agora, Jonas?
Com quais argumentos você vai reclamar?
Com quais pretextos se justificar?
Até onde pretende chegar?

A verdade é que você simplesmente parou
Talvez seja isso, então
Definiu outro rumo, outro desejo
De fato, nem queria estar onde está

Mas aí está você, Jonas
E agora, como será?
Não pode ficar à sombra do provisório
Nem mesmo poderia se esconder na profundeza
de um gigantesco ser, num gigantesco mar...

Mas e aí, e agora?
Você tem estado certo sobre tudo:
Não estava pronto, nem disposto
Ou será que um dia esteve e ninguém registrou?
Ou será que um dia sonhou?
Tão alto, tão longe, tão profundo que precisou acordar...
pra encarar quem não queria
e se envolver com o que detesta

E agora, Jonas, como será sua vida
a partir dessa amargura?
Como será enxergar essa realidade tão dura
que não te deixa sonhar, nem se isolar
E determina outros focos pra você?

O que será da sua vida
Sem as aboboreiras,
Sem coragem de um dia,
Sem vontade alguma de amar
O que só lhe trouxe dor?

E agora, Jonas?
Pra onde você vai?
Vai fugir ou ficar?
Sonhar ou amar?
Crescer ou chorar?

E então, como será?